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Chapter 10 No.10

Word Count: 4009    |    Released on: 04/12/2017

omadres des

rd

overno, presidido pelo duque de Abrantes. As figuras, que vamos encontrar, s?o ainda as

erde de bilis concentrada, todo convulso, e amarrotando com grande ira um papel entre as m?os. Francisco Antonio Herman, sempre apurado no trajo e primoroso nas joias e galas pessoaes, corre pela vista, quasi sem a ler, uma folha coberta de algarismos, resumo pouco agradavel do ultimo balan?o do

outro extremo. O segundo, que apresentamos ao leitor pela primeira vez, chama-se mr. Juffré, merece a reputa??o de estelionario, que o flagella, passa com raz?o pe

hens?es, e de pessimas noticias. Apenas acabou de balbuciar o prologo da elegia dos infortunios consummados e das desgra?as imminentes, alguns dos ministros, como petrificados,

o, ou perplexidade. Magendie, official intrepido, mas pouco affeito a dissimula??es diplomaticas, tinha exhalado a primeira explos?o de colera, descarregando uma punhada furiosa sobre o bofete, e ornando o gesto violento de uma rajada de pr

automato funccionando em quanto lhe durava a corda. Quem n?o queria, nem sabia enganar o observador menos perspicaz era de certo o conde da Ega. O honrado fidalgo retratava no semblante, sem o menor disfarce, a tragedia do partido, que tinha abra?ado. Ignoramos se come?ára já para elle o arrependimento, e se lamentava a docilidade, que o fizera mais

s de prata, e cabe?a de barro, ora sobre um pé, ora sobre o outro, recuava, pulava, e adeantava-se em saltinhos de pulga industriosa, com o c

la b?cca voraz, era rasgada, como a do tubar?o de orelha a orelha. O nariz expansivo e recurvo, como bico de ave da rapina, q

de um pintalegrete de quarenta annos! As luvas estalavam-lhe nas m?os, os cal??es modelavam o algod?o que chuma?ava as coxas, e a meia d

das más porcelanas japonezas, volviam-se cheios de vivacidade, armando ciladas quasi constantes á formosura, ou á riqueza, duas conquistas em que seu dono os empregava com summo gosto. N'este momento, um véu de inquieta tristeza assombrava a

sorvendo com pausa uma pitada. At

contra a tyrannia e usurpa??o da Fran?a será sustentado pelas for?as unidas de Portugal, Hespanha e Inglaterra; e para o exito feliz de causa t?o justa e gloriosa os designios de sua magestade britannica

clama??es? accudiu Luyt sem levantar a cabe?a, nem a penna do

icia n?o possue o dom de ubiquidade, nem os cem bra?os de Briareu... Esta madrugada todas as esquinas amanheceram

le ent?o a policia? repetiu o fleugmatico m

a policia! De accordar os que dormem, de velar pela ordem, de conter e reprimir os maus sentimentos de uma popula??o que nos detesta. Achais pequeno mi

usa a folha coberta de algarismos, interpe

! O que

da por emprestimo, a trinta dias, vencendo juro

dem para os rece

inu

interrogou o arg

odo o dinheiro, que existia, lev

a da egreja de S. Roque, que está na Moeda, e q

se outra vez á egreja. Póde ir

uadrilha de salteadores! berrou o uzurario, ao qual as palavras mansas

fré. Veja aonde es

e espoliou! O sr. Herman

o duque de Abrantes. S?o d'elle as

e s. ex.a o duque é t?o bom,

dos seus cento e trinta contos de réis. O que n?o lhe prometto, se o duque lhe ouvir metade das palavras, c

dizer-me?! exclamou

corde o c?o que dorme. Observou Herman, olhando de rev

insinuar? atalhou o

Quem o ignora? Cuida que todos s?o esquecidos? O sr. Juffré e outros similhantes foram a vergonha e o opprobrio do nosso governo. Deus queira

de ira, cerrando os punhos, e crescendo contra

-a com o pé, e despedil-o como um fardo, accrescentando no fim de todo este drama e Mas a raiva converteu-se-lhe logo em susto, quando sentiu a larga e pesada m?o de Magendie

protesto cortar-te e salgar-te as orelha

u á pressa os ultrajes das roupas amarrotadas, e desc

ima, o capit?o Magendie approximouse da meza, e fitando La

hou as proc

... replicou Lagarde assu

u ingleza? insistiu o official

pp?e-se! respondeu o int

es dos sublevados d

e os descobr

beis na

ade. Na

olicia? De engulir dinheiro e denuncias, e de fazer render os servi?os que n?o faz. N?o nos quebreis, pois, mais os ou

erme. Sois acaso Napole?o o grande!? Cuidais que hei de supportal-o? Sou magi

go no bolso, e nos copos de prata da minha espada. N?o levarei de Portugal sen?o mais alguma cicatriz, e um nome honrado. Se vos atreveis a asseverar o mesmo, aqui está a minha m?o, apertai-a, estou prompto a p

o feria-o no rosto e na consciencia como um a?oute. A sua posi??o e

o questionemos. Hoje os minutos valem horas.

pondo sobre minha cabe?a pela tranquillida

assam as torres! acudiu Magendie. As minhas proclama??es de polvora e ba

os. Mas os inimigos, é provavel, que n?o queiram perder de todo o lan?o, e h?o de tr

policia já desertou quasi toda. Só hontem fugiram sessenta soldados. Se aca

ceu e fez-se mais pallido. Luyt, com a penna suspensa, e os ol

ndas vesperas

o como soldado, mas a idéa de uma affrontosa morte, dos ultrages e supplicios, de que nos amea?a a vingan?a de uma plebe de canibaes, aterra-me, n?o o encubro. Confesso mais. Falta-me o valor para a encarar com

medo póde salvar-nos! redarguiu o int

de 1793 em Lisboa? Levantar

?o foi já decretado? O verdugo e o cadafalso s

ses adversas quasi em massa, que nos propondes o que salva

s de recrutas, que luctaram como veteranos, assegurando o triumpho e

orrentes, é

ulo aonde o tinham architectado? Que importam tres, ou quatro cabe?as mais no cesto da guilhotina, quando tantos resultados abonam a logica inexoravel, que o dictou? Estamos quasi sós no meio de uma na??o insurgida e irritada, que a saudade da independencia e de seus principes subleva, que a dor e a ira das offensas exa

Esse crime inutil, porque apressaria só a nossa queda, f?ra a senten?a de morte da honra franceza. A civiliza??o, que representamos, esconderia o rosto de vergonha. O imperio teria de córar deante d'esse anachronismo sa

ipe regente vos agradecem! Quando virdes o punhal

a eleva??o moral, mas a consciencia, ao menos, n?o ha de accusar-me n'essa hora suprema! Alguns mezes meno

agarde, lavo as m?os de

am ainda para varrer, como pó levantado, as espumas da plebe enfurecida e indisciplinada, sr. Lagarde! O reinado do terror, o arremedo das carnificinas de 1793, n?o se ha de fazer em Lisboa, em quanto uma bala me n?o varar o cora??o. Nunca o sangue dos patibulos, que eu saiba, que eu consinta, salpicará as aguias, que beijámos como

casa! bradou o intendente enraivecido, mas pallido de sust

is! Quer a repara??o? Está a

ia-me?! A occasi?o po

homem no sr. Lagarde. Estava zombando quando falei na minha espada;

quem s?o! accudiu o con

gando v?os esfor?os para vencer a convuls?o nervosa, a minha longanimidade n?o

stiu, e o sr. Lagarde vingou-se accusando falsamente o pae, sepultando-o em um carcere, e dando a escolher á filha a morte d'elle, ou um resgate infame a troco da sua m?o e dos seus bens! Encontrou duas almas nobres; Aubry rejeitou o pacto; a filha n?o se quiz vender para salvar a velhice de um militar, deshonrando-lhe os cabellos brancos... O sr. Lagarde n?o se deu por vencido, e trabalhou para si. A esta hora achar-se-ha um

ia! exclamou Lagarde bra

sto demudado do intendente, apezar de todo o cynismo d'elle, vehementes indicios da culpa. Veja o que acaba d

deante de mim, interrompeu Lagarde

á a confirma??o da verdade, e d

and appareceu aos umbra

Na presen?a de Deus e dos homens, por alma de meus paes, assevero e juro que o capit?o Magendie disse a verdade e só a verdade! Agora, que deante de v

ior tristeza, do que ira. Lagarde petri

tu, Ar

honra do nome, e essa, já vol-o tinha dito, hei de sepultal-a commigo pura no campo da batalha, aond

sereno e grave, deixando t

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