ueiro um
, todas as apparencias, em fim, inculcavam a cidade
alafetava no gabinete secreto, o duque de Abrantes atravessa intrepido por meio das ondas revoltas do povo, rompe pelo centro d'ellas até á egreja, corre á sacristia, e
s cavalleiros das ordens militares e animan
estou eu aqui? N?o vêem os meus sol
restito disperso manda saír o pallio, e
ajuntamentos. O regimento 86.o marcha com tanta precipita??o, que lev
sopro desenfreou o temporal. A verdadeira causa do arruido colossal do dia 16 de junho de 1808 foi uma imprudencia policial do honrado sargento Cabrinha, e um esquecimento de lingua do seu virtuoso assessor Gaspar Preto, por alcunha o Sapo. Estes dois personagens, que n?o cabiam em si
s denunciar a Lagarde. Os tres em Lisboa alojaram-se em uma casa conhe Já sabemos que o Antonio da Cruz, o Manuel Sim?es da Aramanha, e o Jo?o da Ventosa, obedientes como bons patriotas ás instancias do morgado de Penin, capit?o de milicias de Rio Maior, tinham feito a jornada de companhia, e por um triz n?o ap
o palmilhava as ruas com a curiosidade mais inoffensiva, e apenas se abriu a primeira
se teriam tempo de o engulir antes da prociss?o? A resposta foi sumirem-se por uma travessa escusa, entrarem para uma especie de furna escura, immunda, e humida, e sentarem-se em mochos vacillantes á r
fazia a elles mil travessuras na vista e no equilibrio. Metteram hombros ao apert?o, foram rompendo a murro e a
uco condescendentes, n?o consentiu que os provincianos a atravessassem. O lavrador
sar para deante afim de ver melhor, e o moleiro officioso fez-lhe logar immediatamente, acto de cortezia recompensado por um sorriso, que descobriu indiscretamente as trinta e duas perolas, que escondiam uns bei?os mais vermelhos, do que bagos de rom?. Ao mesmo tempo o Jo?o da Ventosa
uiam de longe o triumvirato innocente, desde as portas do Passeio publico. Haviam-n'o perdido de vista, quando á voz do almo?o o robu
mpolgal-os na rua, e no meio do povo, que seus gritos podiam alvorotar. Quando lhe desappareceram, como se a terra se tivesse sumido com elles, scismando um instante, disseminou logo depois a quadrilha em dua
pente, que lhe batiam no hombro. Virou-se, e deu de rosto com um sujeito magro e grelado, de chapéu arrombado, cal??
enha commigo.
tro bra?o, ao bra?o do cajado, pendurando-se quasi n'elle. N'um rapido relancear o moleiro descobriu a poucos passos, cozidos com as hombreiras da
o arremesso momentaneo, o homem esguio e grelado, por ser mais leve, subiu mais alto, e veiu caír por eleva??o sobre as costas de um massi?o prebendado, com os olhos escudados de oculos e palla verde, o qual estava explicando a duas sobrinhas boqui-abertas a lenda aurea de S. Crispim, pintado na bandeira dos sapateiros. O agarrador, grosso e baixo, mais pesado, voou rasteiro, deixando metade da
e instante o corpo com donaire, e dobrado para traz, firme nas pontas dos pés, aparava com a palma aberta o couto do bast?o volteado com gra?a. A dona, impellida pelo esbirro-tortulho, soltou um grito agudo, desabando de chofre sobre o peito do se
nha, o qual primeiro se offereceu ás iras do lavrador. Um murro capaz de fulminar um touro prostrou o espi?o sem sentidos sobre o lagedo. Nem o sacrificador, nem a victima tiveram tempo de proferir palavra. Ao mesmo tempo o marchante, que vinha atraz, colleando os bei?os
apidez e a for?a irresistivel da mola de a?o, que resalta, e aferrando o aborto pela nuca, com um murro metteu-lhe os dentes e os queixos pelas guelas, e metade a rastos, metade por seu pé, seguiu com elle atordoado e alagado em sangue o rasto dos companheiros. Os
tes. O mais agil dos dois, o homem-grelo, fulo de dor, e cego de medo, para se furtar ao chuveiro de bastonadas, que n?o cessava de lhe afagar as costellas, atirou-se de um pulo, ao meio do prestito, abalroou um desditoso cruciferario banhado em suor, e encontrando-o em cheio, rolou com elle. Amotinou-s
uco navegavam rio acima, e o Sapo, sempre hypocrita e vil, estorcia-se aos pés dos inimigos triumphantes, chorando e supplicando, com prantos mulherís! Mas o Manuel Sim?es apontava-lhe para a cicatriz da bala, com que o ferira na cabe?a, o Jo?o da Ventosa encolhia os hombros, e o Antonio da Cru
ás dez horas da noite a fa