oisas como ás pessoas, no meio das quaes se vêem, nem por momentos se soffrem separados; um segue sempre o outro em todos os passos que dá, precisa d'elle para communicar-lhe as primeiras impress?es r
a independencia individual, qu
al do que dar o bra?o um ao outro, passar juntos a manh?, e fazer, em commum, as nossas visitas. Agora, porém, que temos já algum conhecimento da terra e da gente, é tempo
de ter momentos em que se desejassem sós; se é que n?o deviam aos
gest?o de um jantar; deixemol-o no tranquillo recinto de Alvapenha, e vamos associar-nos a um dos nossos recentes conheci
de campos e á beira de vallados, com aq
avras da morgadinha, é já bastante para que nos n?
pira??es! Alma generosa e compassiva, tendo muita vez de limitar-se a chorar os infortunios que via, porque a pobreza lhe negava me
isteza se exacerbára em Augusto. Coincidiu o fac
um legado a favor de Augusto, ent?o crean?a, com a condi??o d'elle abra?ar a vida ecclesiastica. O conselheiro, pae de Magdalena, devia administrar este legado,
ra, luctava com a miseria, e o rapaz, pela sua penetra??o e pelo enthusias
ao mesmo tempo que remedio ás priva??es de uma familia, premio e estimulo á intel
oista e desejoso de dominar ainda depois da morte, tantas vezes dicta; essas meigas generosidades s?o ás vezes a causa do infortunio de uma vida inteira; acceites ou recusadas, é raro que depois, a cada prova??o que nos experimenta, uma voz interior nos n?o exprobre o partido que abra?amos.-?Louco! para que hesitaste em trocar meia duzia de phantasmas por um bem real? Quem te mandou sacrificar a vaporosos idolos de poetas o beneficio que te offereciam??-dirá ella aos que rejeitaram o pacto.-?Ambicioso!-clamará aos outros-ahi tens a felicidade que julgaste comprar á custa do que ha de mais nobre na alma humana; emb
os de cultura que o velho magister lhe sabia dar. Mas quem ignora os surprehendentes effeitos que da intelligencia e do estudo, da aptid?o e da vontade, podem res
consciencia de uma nobre miss?o a cumprir. N?o ha fadiga
amento a ideia de que s
m, n?o hesitaria talvez, instigado por aquella aspira??o; quanto mais que ainda mais lhe tinham an
exame, o qual, gra?as aos esfor?os e
Magdalena mandou vir Augusto para Lisboa e
ecebesse algumas li??es de um professor da cidade, e d'este obteve as melhores informa??es da intelligen
lheiro. A final fez o exame, no qual foi felicissim
se por lá que em toda Lisboa corria a fama do rapaz, e houve até quem n?o hes
acontecimento, fundando-se em que, através do
he porém t?o inquestionav
horar de prazer e a render gra?as á Vir
Augusto
n?o tivessem visto bem, e de feito todos o foram vêr; nem o abbade, nem o administrador, nem o presidente da camar
elle como que saltava aos olhos;
Lisboa; a quem n?o está
a outro.-Ha lá coisa que puxe mai
a gente cá por dentro-dizia um doutor, que
olia, que os ares da sua terra n?o dissiparam e que augment
res ella lhe causou! Perguntas, supplicas, argui??es, lagrimas, promessas, nada tiravam de Augusto, que teimava em responder que nada tinha que o affligisse, que e
uar nos seus estudos, quando o rapaz pediu para ficar algum tempo na aldeia. N?o se p?de atinar com os motivos d'este pedido. Indolencia n?
declinou n'esse inverno; o que veio
estudo e os carinhos pela estremecida enferma. Dois annos se passaram d'esta vida, e quando, ao f
or
toldava o rosto, condensou-se-lhe mais
Magdalena para a aldeia, pois receiava p
. Uma manh?, porém, este, de pouco mais de quinze annos, procurou-o e dis
e desisto do legado da sr.a m
ro fitou-o,
ordenar-te
ia a minha voca??o sem remorsos; por interesse pr
contemporisar, espa?ando a adop??o de qualquer medida, inquestionavelmente boa, para tempos em que f?sse mais conveniente; n?o se apaixonava por utopias, desconfiava d'ellas; havia muito tempo que desviára dos olhos o prisma encantado, através do qual olham o mundo os poetas e todos os mais sonhadores; costumára-se a marcar por modelo nas differentes carreiras da vida, n?o um typo ideal dotado de todas as virtudes, limpo de todos os defeitos e vicios; assentára a menor altura o alvo: parecia-lhe que bom fito eram já os i
necessario tomar ao pé da lettra certos deveres impostos; o mundo seria, como elle, tolerante em naturaes infrac??es; por tudo isso se riu. Fez a Augusto uma longa disserta??o sobre as vantagens da vida e
recisa para cumprir todos os deveres que ella lhe impunha; que era precisa uma grande abnega??o, e que elle, depois da morte de sua m?e, n?o tinha a certe
parlamento, calou-se dentro em pouco ás objec??es d'aquella crean?a. Como que teve remorsos de tentar sequer desvanecer as illus?es a que o via abra?
N?o me encarregarei eu d'esse papel, que é pouco sympathico. Quem me restituira aquellas
esperando que a reflex?o modificar
em que estava de n?o se ordenar, pelo menos emquan
rregasse da primeira educa??o de Angelo, ent?o de nove annos; pois
ue, sobre adequada aos seus g?stos, lhe abri
cipulo, e n?o menos reaes as vantagens que ao mestre resultaram do ensino, que lhe desenvolvi
eram as mesmas; o egoismo paternal do conselheiro n?o o deixou s
g?sto; o mestre-escola reclamava tambem muitas vezes o seu au
rvi?o todo, sem que Augusto consentisse
os seus estudos em Lisboa e por que o n?o fazia já. Como n?o obtivesse res
. Com grandes sacrificios a continuára elle; e n'um êrmo, c
o d'este discipulo enthusiasta; e n?o era raro que a intelligencia d
ceu os desejos
bbade, um doutor em theologia, homem d
dre encontrou-se com Augusto na sacristia e, conversando-o, admirou-lhe a penetra??o, captivou-se da
affirmando-lhe o padre que sim, respondeu que n?o se
r ouvir as li??es do erudito abbade. Assim se aperfei?oou na latinidade, cultivou a philosophia e adquiriu o g?sto pelos nossos velh
exclusivo e nada visto em li
ou ainda a August
o definitiva de uma só, que de ordinario sae sempre como se n?o f?sse t?o estudada, um houve que levou á aldeia, em
mento os dois. O engenheiro o menos que possuia eram livros de mathematica; mas,
s da sua bibliotheca portatil. Voavam as horas a Augusto n'aquelles ser?es; n'elles aprendeu t
astante para se aperfei?oar por si; este amigo deixou-lhe em lemb
ao leval-o comsigo, insistiu mais uma vez com Augusto para que viesse tambe
desistencia, e o ambicionado pa
ia o velho mestre
ltura estreita a que se acolhesse vivo. Augusto persistiu porém no intento; o conselheiro empenhou-se por elle em Lisboa. Conseguiu que uma portaria, meio pelo qual se faz em Portugal tudo que é contra lei expressa, o dispensasse da idade que ainda n?o tinha, pois mal completára dezenove annos, e Augusto foi por conseguinte admittido a concurso para t?o pouco disputado logar e provido n'ell
. Na época em que abrimos esta narra??o, voltára Augusto de pouco de ultimar a nova prova; e estava pendente ainda a decis?o do ministerio competente. D'esta v
contando-lhe dos seus estudos, e descrevendo-lhe a sua vida na capital; e quando vinha a fé
iou a estudar a lingua inglez
so, a sua intelligencia e
velho herbanario, para alguns um sabio, para outros um louco, para todos um ho
a-se em casa d'elle com um pacote de livros debaixo
z, Augusto fitou o herbanario com espanto. Ninguem o suppunha rico; como podia elle pois obter aqu
pp?e que eu tenho a servir-me uma vara de c
anario tinha accumulado riquezas, á f?r?a de
a singular sympathia, e com affecto
a que pudésse denunciar desejos de possuir um livro qualquer. Mas o velho, como se tivesse de facto algum poder occulto a informal-o, ás vezes parecia adivinh
adoptar a cren?a supersticiosa do pov
pelas quaes o velho se guiava na escolha. N?o lhe attribuia porém
ugusto, poderá ainda o leitor estranh
ncontrou Augusto a distribuidora das cartas, que lhe
ediatamente e leu-a
um d'esses longos, incoherentes e diffusos arrazoados, q
projectos que, n'aquellas idades, nascem e morrem a todo o instante. Terminava esta
conto ir vêr os coelhos do quintal d'ella, e ajudal-a a tirar a agua do po?o
u, ao ler o p
a ultima creancice essa sympathia por Ermelinda. Estas generosas a
gura n'estas ref
casa do recoveiro Cancella, que era o p