O Espirito de Deus passou pelo meu espirito, e disse-me: vai, e faze resoar nos ouvidos das turbas palavras de terror e de verdade.
E eu obedecerei ao meu Deus no meio dos punhaes de assassinos.
Povo!... breve soará a tua hora extrema: tu mesmo a assignalaste no decorrer dos tempos.
O anjo exterminador vibra sobre ti a espada da assola??o, e tu dan?as e folgas ebrio das tuas esperan?as.
Essa terra que pisas crês que é um solo remido por tuas m?os: repara porém; olha que é um sepulchro.
Amplo é o sepulchro de um povo: dentro em breve tu ahi calarás para sempre.
Creste-te forte, porque sabes rugir como a panthera: mas somente Deus é grande.
Encheste o vaso das tuas iniquidades; elle trasbordou, e a terra ficou polluida.
Maldictos os nomes dos que accenderam o volc?o popular; nomes abominaveis perante o céu e a terra.
Portugal foi pesado na balan?a da eterna justi?a, e a Providencia retirou a m?o de cima delle.
Derribem-se os altares, cerrem-se as portas dos templos: Deus já n?o acceita os sacrificios, nem ouve as preces deste povo, sen?o como uma express?o de escarneo.
E como o aquil?o varre a folha secca do outono, o sopro do Senhor varrerá da face da terra esta ra?a corrompida e immoral.